O prefeito Ataíde Vilela e a diretoria do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae) de Passos receberam nesta quarta-feira o equipamento de tratamento de água que irá duplicar a capacidade do sistema Rio Grande. O material foi transportado por cinco carretas contratadas pela empreiteira da obra de instalação da estação convencional de tratamento de água, em substituição ao simples sistema de filtragem. Essa é mais uma etapa do projeto de ampliação da ETA (estação de tratamento de água) Rio Grande, que irá garantir o abastecimento da população.
O investimento é de R$ 2.150.000,00, segundo o diretor geral do Saae, Fábio Rodrigues, sem contar as obras paralelas que ainda serão realizadas para adequar a distribuição na cidade, principalmente para os moradores dos bairros Casarão, Colégio de Passos e região do Coimbras e Califórnia. “Com esse novo sistema, nós vamos poder passar nosso tratamento de 80 litros de água por segundo para 160 litros por segundo”, disse.
Segundo o prefeito Ataíde Vilela, a ampliação da ETA Rio Grande foi determinada ao Saae para que os recursos hídricos possam ser aproveitados com maior eficiência e qualidade, especialmente nestes tempos em que o país sofre com uma crise de abastecimento de água. “Esse investimento de mais de R$ 2 milhões representa um ganho muito grande porque nós, diferentemente da maioria das cidades brasileiras, podemos afirmar que a crise hídrica em Passos está resolvida, ou seja, nós não teremos falta d’água em nossa cidade, e graças a esses investimentos que estamos fazendo”, comentou.
As cinco carretas vieram de Contagem (cidade da Grande Belo Horizonte), sede da empresa que irá montar a nova estação. O responsável pela ETA, Ronaldo Nunes da Silva, explica que os caminhões trouxeram quatro floculadores, que são os recipientes que retiram a sujeira da água, dois decantadores, quatro filtros, conexões e material filtrante.
Por esse sistema faz-se o tratamento convencional, como ocorre na ETA do ribeirão Bocaina. Até agora, a água do Rio Grande era tratada apenas por filtração, o que não vinha sendo suficiente para purificá-la devido à instabilidade do nível do manancial nos últimos anos.
Com isso, o Saae irá dobrar também o bombeamento na estação de captação, que passará a ter dois conjuntos de bombas, em vez de um, conforme vinha ocorrendo. Assim, a ETA Rio Grande passa de uma vazão de 80 litros por segundo para 160 litros por segundo, aliviando a captação no Bocaina.
Para abastecer toda a cidade, o Saae precisa de 220 a 300 litros de água por segundo, demanda que as duas estações serão capazes de suprir quando a obra ficar pronta. A previsão de término é no final de julho.
Enquanto a estação é montada, o Saae irá fazer obras em alguns pontos da cidade para distribuir esse volume maior de água. De acordo com Ronaldo Nunes, todo esse investimento irá diminuir despesas da autarquia com produtos químicos, energia elétrica e perda de água com o sistema, numa média de 20%.