A Prefeitura de Passos, por meio da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social, Trabalho e Renda, convidam a todos para inauguração do Centro de Referência e Atendimento à Mulher.
A inauguração será no dia 27 de Março ( Terça- feira) às 18hs, na Avenida Arouca, 753, Centro de Passos.
O Centro de Referência e Atendimento à Mulher de Passos é uma estrutura essencial do programa de Prevenção e Enfrentamento à violência contra a mulher, uma vez que visa promover a ruptura da situação de violência e a construção da cidadania por meio de ações. Prestam acolhida, acompanhamento psicossocial e orientação jurídica às mulheres em situação de violência (violência doméstica e familiar contra a mulher - sexual, patrimonial, moral, física, psicológica; tráfico de mulheres, assédio sexual; assédio moral; etc).
Exerce o papel de articulador dos serviços tanto na esfera governamental e não-governamental com entidades, movimentos, coletivos que integram a rede de atendimento às mulheres em situação de vulnerabilidade social, em função da violência de gênero.
O Centro traz o nome da “Rose Marie Muraro”, esta que foi uma escritora, intelectual e feminista brasileira. Nasceu praticamente cega e sua personalidade singular deu-lhe força e determinação suficientes para tornar-se uma das mais brilhantes intelectuais de nosso tempo. É autora de mais de 40 livros e também atuou como editora em 1600 títulos, quando foi diretora da Editora Vozes.
Foi eleita, por nove vezes, “A Mulher do Ano”. Em 1990 e 1999 recebeu da revista Desfile o título de “Mulher o Século”, e da União Brasileira de Escritores o de “Intelectual do Ano”, em 1994. O trabalho de Rose, como editora, foi um marco na história da resistência ao regime militar, e devido a este trabalho, recebeu do Senado Federal o Prêmio Teotônio Vilela, em comemoração aos vinte anos da anistia no Brasil.
A militante foi palestrante nas universidades de Harvard e Cornell, entre tantas outras instituições de ensino norte-americanas, num total de quarenta. Editou até o ano 2000 o selo Rosa dos Tempos, da Editora Record. Foi cidadã honorária de Brasília (2001) e de São Paulo (2004) e ganhou o Prêmio Bertha Lutz (2008).
Foi nomeada “Matrona do Feminismo Brasileiro” pela Lei 11.261 de 30 de dezembro de 2005, passada pelo Congresso Nacional,
Em meados da década de 1990, Muraro desafiou os próprios limites quando, aos 66 anos, recuperou a visão com uma cirurgia e viu seu rosto pela primeira vez, afirmando: “Sei hoje que sou uma mulher muito bonita”. Muraro morreu aos 83 anos, em julho de 2014 de câncer na medula óssea, doença que a acometia há dez anos, e teve seu corpo cremado no Cemitério do Caju. Ela teve complicações após um tratamento de quimioterapia.