O Núcleo de Controle de Zoonoses (NCZ) do Departamento de Saúde Coletiva da Secretaria Municipal de Saúde de Passos irá intensificar as ações de combate ao mosquito Aedes aegypti, para reduzir os riscos de doenças da população nesse início de período chuvoso. Os trabalhos estão previstos para serem iniciados na próxima terça-feira (1º de novembro) com blitz educativa no trânsito. Mutirões de limpeza e o “Dia de Combate à Dengue” estão entre outras atividades programadas pelo NCZ.
O Aedes aegypti é transmissor de doenças – dengue, zika e chinkungunya – que podem ser fatais ou deixar sequelas, como a microcefalia de fetos, no caso da zika. O NCZ faz o controle do mosquito no decorrer do ano, através de inspeções nos imóveis, e intensifica os trabalhos no período de chuva e calor, quando é maior o risco de proliferação do inseto.
A começar na terça-feira com uma blitz educativa, com apoio da Polícia Militar, na Avenida Juca Stockler, às 9h, as ações contarão com os mutirões de combate à dengue e às outras doenças e diversas atividades, a serem programadas, no Dia de Combate à Dengue.
As ações intensivas foram planejadas após o Levantamento Rápido do Índice de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa), realizado de 24 a 27 de outubro, indicar que a situação em Passos é de alerta para o risco de dengue. O LIRAa indentifica os criadouros predominantes e a situação de infestação do município, o que permite o direcionamento das ações de controle para as áreas mais críticas.
O levantamento foi feito em 2.184 imóveis, o que representa 20% das propriedades do município. O resultado apresentado pelo Índice de Infestação Predial (IP) foi de 1%, considerado como de médio risco, porém de alerta. Os bairros da cidade foram fracionados em cinco extratos e todos os profissionais da Zoonoses estiveram envolvidos.
“O resultado do Liraa foi bom. Os profissionais tem trabalhado nos finais de semana, feriados, para não dar trégua no combate. Todos empenhados para passar o período festivo e o verão sem infestação de dengue na cidade”, disse o diretor do Departamento de Saúde Coletiva da Prefeitura, Gabriel Patrick de Jesus Abreu.
O extrato três, formado pelos bairros Bela Vista, Santa Luzia, Novo Mundo, Novo Mundo III e Casarão, foi onde os agentes encontraram o maior número de infestação. O outro extrato que obteve alto número de focos foi o cinco, onde estão a Penha, Primavera, Jardim Ipê e Cohab’s I, II, III, IV e V.
Os principais causadores dos focos, de acordo com o levantamento, são depósitos em nível do solo, como tambores, barris, tanques e piscinas. Também foram encontrados larvas em lixo em geral, garrafas, latas, dentre outros.
De acordo com dados do Núcleo de Zoonoses, em outubro do ano passado o LIRAa apontou IP de 0,5, ou seja, a metade do apresentado esse ano. “Apesar de estarmos em médio risco, nós pedimos a todos os cidadãos que não se desmobilizem no combate, já que essa é a época do ano mais propícia para o aumento das larvas devido às chuvas e ao calor, o que torna o ambiente favorável para a proliferação mais rápida do mosquito”, comentou o diretor.
