A Prefeitura e a Câmara Municipal de Passos fizeram uma moção de repúdio ao ato do governo de Minas Gerais de demitir professores da Universidade do Estado de Minas Gerais (Uemg) a poucos dias do início do ano letivo. O repúdio foi tratado pelo prefeito Ataíde Vilela e pelo presidente da Câmara, João Batista de Resende, e recebeu o apoio do vice-prefeito, Ademir José da Silva, vereadores, dentre outras pessoas.
A decisão do governo de não renovar o contrato das designações e contratações de professores dos campi da Uemg nas cidades de Passos, Campanha, Carangola, Diamantina, Divinópolis e Ituiutaba surpreendeu a comunidade acadêmica, por ter ocorrido a poucas semanas do início das aulas, e vem deixando os alunos inseguros quanto às matrículas e ao prosseguimento dos projetos de pesquisa, dentre outras atividades universitárias. A intenção do governo é realizar um processo seletivo para a contratação do corpo docente, no lugar das designações e contratações temporárias.
Segundo o prefeito, que defende a imediata renovação dos contratos para não haver prejuízos, sobretudo para os alunos, o procedimento do governo causou uma insegurança muito grande e precisa ser revisto. “Nós entendemos que o processo poderia ser feito sem interromper os contratos que estavam em vigor, como vem ocorrendo há mais ou menos cinco anos em Frutal (outro campus da Uemg), por isso, nós repudiamos e manifestamos nossa preocupação e solicitamos que o governo reveja esse ato que irá trazer prejuízos irreparáveis”, disse.
A moção de repúdio foi assinada pelo prefeito, o presidente da Câmara e pelos vereadores Alex Bueno, Belinha, Hilton Silva, Iran Parreira e Nardão. Também assinaram a manifestação o secretário de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Nivaldo de Oliveira Souza, o Chaparral, o diretor do Departamento de Saúde Coletiva, Michael Silveira Reis, e o procurador-adjunto do Município, Rodrigo Maia, o suplente de deputado federal Renato Andrade e o presidente do PP (Partido Progressista), Hélvio Maia. Professores e alunos da Uemg de Passos também assinaram o repúdio.