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    Apesar dos bons números no combate à dengue obtidos em 2015, com a volta das chuvas o risco de acúmulo de água aumenta, causando uma situação propícia para a reprodução do mosquito transmissor da dengue.  Os profissionais do Núcleo de Controle de Zoonoses da Secretaria de Saúde da Prefeitura de Passos, que atuam no combate ao Aedes Aegypti, alertam para que todos fiquem atentos a possíveis locais ou objetos que possam acumular água.

    O período de seca não eliminou o problema. Os ovos adquirem resistência ao ressecamento muito rapidamente, em apenas 15h após a postura. A partir de então, podem resistir a longos períodos em locais secos podendo resistir até 450 dias. Esta resistência é uma grande vantagem para o mosquito, pois permite que os ovos sobrevivam por muitos meses em ambientes secos, até que o próximo período chuvoso e quente propicie a eclosão. Para eliminar o risco, devemos eliminar os locais onde pode acumular água, ou seja, a melhor prevenção é o combate.

    A equipe de mobilização da Prefeitura orienta a população a aderir à proposta da iniciativa “10 Minutos Contra a Dengue”.  Esta estratégia foi idealizada com base científica dos pesquisadores do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), e inspirado em uma ação de controle da dengue em Cingapura, que foi capaz de interromper o pico de epidemia no país com ações semanais da população dentro de suas residências, de apenas 10 minutos, para limpeza dos principais criadouros do Aedes aegypti.

    O mosquito transmissor da dengue vive e se reproduz dentro das casas. Agindo uma vez por semana na limpeza de criadouros, a população interfere no desenvolvimento do vetor, já que seu ciclo de vida, do ovo ao mosquito adulto, leva de sete a dez dias. Com uma ação semanal, é possível impedir que ovos, larvas e pupas do mosquito cheguem à fase adulta, freando a transmissão da doença.