A união da Prefeitura de Passos com as polícias civil e militar está reduzindo a violência e a criminalidade no município. Os roubos, crime que mais preocupa a população, tiveram uma queda de 49% no período de seis meses. Os números foram apresentados pelo delegado da Polícia Civil na região, Paulo Queiroz Ferreira, na última sexta-feira, numa reunião com autoridades no gabinete do prefeito Ataíde Vilela.
A reunião teve também as presenças do vice-prefeito, Ademir José da Silva, do capitão Afrânio Tadeu Garcia, comandante da 77ª Companhia da Polícia Militar, do presidente da Câmara, vereador João Resende, deputado federal Rodrigo Pacheco, presidente do PMDB em Passos, Telmo Santiago, e do chefe de Gabinete, D. Jota Oliveira.
A intensificação das blitze de trânsito, a instalação de bases de apoio para a Polícia Militar e ações conjuntas da PM com a Polícia Civil são algumas medidas desenvolvidas nos últimos meses. “Sempre que o trabalho é feito em conjunto, em parceria, os resultados acabam saindo. E é isso que tem acontecido aqui em Passos”, analisa Ataíde Vilela.
O prefeito também ressaltou a colaboração do deputado Rodrigo Pacheco, como intermediário das demandas da Prefeitura e da polícia junto ao Estado e à União. “Com as diversas ações que estamos promovendo junto com a Polícia Militar, com a Polícia Civil e com o empenho do deputado, tenho certeza que Passos chegará ao final do ano com redução maior ainda dos crimes”, afirmou o prefeito.
Concordando com a importância da parceria entre a Prefeitura e a polícia, com respaldo do Ministério Público e do Judiciário, o titular da 5ª Delegacia Regional de Polícia Civil em Passos, Paulo Queiroz Ferreira, apresentou números que comprovam a eficiência dessa união. De 62 roubos por mês, em média, no início do ano, Passos registrou 32 em julho, sendo que a queda ocorreu em todos os meses a partir da parceria das instituições.
O número de assassinatos também vem tranquilizando a cidade, chegando a índices de primeiro mundo, para um município do porte populacional de Passos. Em sete meses, foram sete homicídios e dois latrocínios (roubo seguido de morte), quase 80% a menos que em 2011, quando a onda de violência causou 44 mortes.
“Essa redução dos homicídios é algo a se comemorar”, comentou Paulo Queiroz. “Mas o que é mais importante é que independente de estarmos reduzindo, a Polícia Militar tem agido com mais rapidez (no atendimento às ocorrências) e a Polícia Civil triplicou o número de investigadores na apuração dos roubos”, disse o delegado, explicando que essa mudança de estratégia policial favorece também à justiça, que pode julgar os casos com maior rapidez, diminuindo a sensação de impunidade.
Quanto aos menores infratores, até que o centro socioeducativo fique pronto, o Judiciário tem conseguido a internação dos mais perigosos em instituições do Estado, fora de Passos. Segundo o delegado, as vagas estão saindo por conta de ações do prefeito e do deputado junto às autoridades estaduais.
“(A redução da criminalidade) é importante para a autoestima da cidade, porque dá a sensação de segurança para a população”, disse o deputado Rodrigo Pacheco, informando ter apresentado outras demandas de Passos no Ministério da Justiça e na Secretaria de Defesa Social de Minas Gerais. Entre elas, a declaração de utilidade pública para a Apac (Associação de Proteção e Assistência ao Condenado) e a instalação da Polícia Federal na cidade.