No mês em que é celebrada a luta contra as hepatites virais, por meio da campanha ‘’Julho Amarelo’’, a prefeitura de Passos destaca as ações que vem desenvolvendo no município.
Como pode ser causada tanto pelo vírus quanto pelo uso de medicamentos, álcool e outras drogas, assim como por doenças autoimunes, metabólicas ou genéticas, a secretaria de Saúde desenvolveu uma parceria entre o Ambulatório Escola (AMBES) e o Consultório na Rua para assistir as pessoas em situação de rua contaminadas pela hepatite. Uma vez que, a unidade móvel presta assistências primárias a estas pessoas por meio de uma equipe multidisciplinar incluindo assistentes sociais, enfermeiros e agentes de ação social, e o AMBES que é referência regional na prevenção e no tratamento de hepatites virais.
Conforme explicou a Doutora Rosana Porto, médica infectologista do AMBES, e atuante no programa de hepatites virais do ambulatório escola desde 2002, o tratamento médico durava muitas vezes 1 ano ou até mais, e a adesão não era conforme a desejada. Agora, os tratamentos melhoraram significativamente e, consequentemente a qualidade dos remédios também, reduzindo os efeitos colaterais, e fazendo com que o paciente consiga ser tratado em 12 semanas com resultados satisfatórios.
‘’ Estamos muito felizes com o sucesso dessa parceria, pois os pacientes estão recebendo as medicações de forma adequada, estão sendo acolhidos. Uma vez que, para efetivar a medicação é necessário que o assistido não faça uso de drogas, permaneça em abrigos, com alimentações em horários adequados, para que possam passar pelo tratamento com tranquilidade ‘’, esclareceu Porto.
Atualmente, o município assiste 2 pacientes que estão em tratamento e, outros em acompanhamento. Dado que, para o recurso terapêutico, é necessário que o paciente tenha interesse em realizar o tratamento e, para isso abandone o uso de substâncias psicoativas.
Referência técnica das hepatites virais, Mayra Andrade Cardoso Martins, é enfermeira do AMBES e também comentou sobre o tratamento das pessoas em situação de rua que são diagnosticadas com hepatites virais, o paciente é direcionado ao setor de hepatite viral do ambulatório que realiza a avaliação e acolhimento necessários.
‘’O fato da pessoa estar em situação de rua não impossibilita o tratamento desde que, o paciente não faça o uso de drogas e bebidas alcoólicas e esteja em situação de acolhimento. E, para isso a parceria com o Consultório na Rua é de extrema importância, pois é trabalhada a questão da abstinência e avaliação mensal das condições clínicas para que assim o tratamento seja liberado’’, comentou Mayra.
A enfermeira ainda informou que é realizada pelo AMBES a coleta de exames PCR para que seja feito o processo de aquisição dos remédios, que por serem de alto custo são encaminhados para a Secretaria de Estado de Saúde.