Na noite de segunda-feira (3) em que foi assinado o decreto que consolida a encampação da Fundação de Ensino Superior de Passos (Fesp) pelo Estado de Minas Gerais, através da Universidade do Estado de Minas Gerais (Uemg), o prefeito de Passos, Ataíde Vilela, exaltou as pessoas que lutaram por décadas pela estadualização e pelo ensino superior de qualidade no município. O discurso de Ataíde Vilela precedeu ao do governador Alberto Pinto Coelho, que também lembrou de todos que tiveram envolvimento no processo, no sentido de se criar a maior universidade de Minas Gerais com a absorção de fundações de ensino superior no estado.
Citando “mestres do ensino” e o ativista político e social Martin Luther King, o prefeito Ataíde Vilela observou que a estadualização da Fesp – agora, campus da Uemg, com ensino superior gratuito para seus 3.913 alunos, em 24 cursos – é a realização do sonho da comunidade para um ensino superior de qualidade iniciado em 1965 com a fundação da Faculdade de Filosofia de Passos. Esse sonho cresceu com o processo de absorção, que durou mais de duas décadas, e agora se concretiza com o ato do governador Alberto Pinto Coelho. “É uma grande conquista e um grande marco para nosso povo e para nossa cidade”, disse Ataíde Vilela.
Ressaltando que a estadualização da Fesp é resultado de um esforço coletivo de políticos mineiros, o governador disse que seu ato sela o compromisso assumido pelo seu antecessor (de quem era vice), Antonio Anastasia (senador eleito), e que honra a classe política. “Em Minas Gerais sempre haverá um palmo de chão limpo onde os homens, e eu acrescento as mulheres, podem se encontrar”, disse, citando o governador Milton Campos (1900-1972).
A Fesp foi a última das sete fundações de ensino superior estadualizadas pelo governo mineiro nos últimos quatro anos, fazendo da Uemg a maior universidade no estado, passando de cinco mil para mais de 18 mil estudantes universitários. Para Alberto Pinto Coelho, trata-se de um avanço no ensino superior, ampliando a oportunidade de acesso das pessoas que não podem pagar um curso em instituição particular.
“Por volta de 70% dos alunos que frequentam nossas universidades públicas estaduais são alunos que vieram da rede pública estadual, ou seja, são de famílias de menor poder aquisitivo e, portanto, asseguramos a oportunidade que seus filhos possam se profissionalizar, com cursos superiores e oportunidades de vida para se realizarem”, comentou o governador.